economia

Friday, January 19, 2007

MERCOSUL X BOLÍVIA

A cúpula que reuniu presidentes dos países-membros do Mercosul terminou nesta tarde, com uma sensação de "chute na trave" para o Brasil. O presidente Luís Inácio Lula da Silva repassou a presidência do bloco para o presidente do Paraguai, Nicanor Duarte.

O Brasil recuou em sua intenção de ajudar os países menores dentro do bloco, isso porque a Argentina preferiu que as propostas para adoção de regras que facilitem as exportações dos sócios menores, dentro do Mercosul, fossem mais discutidas.

Enquanto isso, os países-membros decidiram aceitar o pedido de Evo Morales com relação a adesão da Bolívia no bloco, mas o país ainda terá que esperar um pouco. Um grupo de trabalho será criado para tratar desta adesão, e estabelecer termos e condições para que a Bolívia se torne definitivamente sócia-plena. A decisão pode levar de 6 meses a 1 ano.

O Brasil mais uma vez não obteve sucesso. O presidente Luís Inácio Lula da Silva foi o único que assumiu apoio oficial a entrada da Bolívia no bloco econômico: "que sejam bem-vindos nossos irmãos bolivianos e todos aqueles que queiram ingressar no nosso bloco", afirmou o presidente. Mas, os outros países-membros decidiram estudar melhor esta adesão. A Bolívia pertence a Comunidade Andina, e a prática de taxas de comércio exterior é totalmente diferente do Mercosul.
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Lula chegou até mesmo a sugerir que fosse aberta "uma exceção" para o país de Morales, e criticou a posição do grupo: “A nossa integração só se dará se houver disposição política de todos e a compreensão de que somos diferentes, cada país é diferente do outro, cada realidade é diferente da outra. Nós temos que aceitar um país como ele é e não aceitar só se ele se moldar como a gente quer”.

Tuesday, January 16, 2007

BOLÍVIA QUER ENTRAR NO MERCOSUL

Nos dias 18 e 19 de janeiro, deste ano, acontece uma cúpula presidencial do Mercosul, no Rio de Janeiro. Um dos assuntos mais importantes do encontro será o pedido oficial do presidente da Bolívia, Evo Morales, para que seu país ingresse no bloco.

Brasil e Bolívia tiveram um desentendimento no ano passado. A Petrobrás fez descobertas no solo do país, de gás natural, que renderam problemas de expropriação e estatização de bens da estatal brasileira pelo governo boliviano. Os desentendimentos entre a Bolívia e a Petrobrás continuaram ainda por conta de uma possível sabotagem na suspensão de importação de diesel da petrolífera por dois dias ao país. A Petrobrás alegou que o fornecimento havia sido suspenso pela demora da Bolívia na apresentação de alguns documentos solicitados pela estatal brasileira.

Durante a reunião da "cúpula" também deve ser discutido o "Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul" (Focen). O montante inicial é de US$ 100 milhões, com US$ 70 milhões de aplicação do Brasil, US$ 27 milhões da Argentina, US$ 2 milhões do Uruguai e US$ 1 milhão do Paraguai. Além disso, outro ponto a ser debatido serão as iniciativas do Brasil para que os países de economias menores no bloco possam se solidificar.

O Mercosul foi criado no dia 26 de março de 1991 e atualmente é composto por 5 países-membros da América Latina: Argentina, Brasil, Paraguaia, Uruguai e Venezuela e 3 associados: Bolívia, Chile e Peru. Os países-membros fazem parte de um tratado econômico que estabelece o Mercado Comum do Sul, com base em acordos mais flexíveis de circulação de mercadorias, pessoas e principalmente de capital. A Venezuela foi o último país, até então, a ingressar no bloco, em julho de 2006.