BOLÍVIA QUER ENTRAR NO MERCOSUL
Nos dias 18 e 19 de janeiro, deste ano, acontece uma cúpula presidencial do Mercosul, no Rio de Janeiro. Um dos assuntos mais importantes do encontro será o pedido oficial do presidente da Bolívia, Evo Morales, para que seu país ingresse no bloco.
Brasil e Bolívia tiveram um desentendimento no ano passado. A Petrobrás fez descobertas no solo do país, de gás natural, que renderam problemas de expropriação e estatização de bens da estatal brasileira pelo governo boliviano. Os desentendimentos entre a Bolívia e a Petrobrás continuaram ainda por conta de uma possível sabotagem na suspensão de importação de diesel da petrolífera por dois dias ao país. A Petrobrás alegou que o fornecimento havia sido suspenso pela demora da Bolívia na apresentação de alguns documentos solicitados pela estatal brasileira.
Durante a reunião da "cúpula" também deve ser discutido o "Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul" (Focen). O montante inicial é de US$ 100 milhões, com US$ 70 milhões de aplicação do Brasil, US$ 27 milhões da Argentina, US$ 2 milhões do Uruguai e US$ 1 milhão do Paraguai. Além disso, outro ponto a ser debatido serão as iniciativas do Brasil para que os países de economias menores no bloco possam se solidificar.
O Mercosul foi criado no dia 26 de março de 1991 e atualmente é composto por 5 países-membros da América Latina: Argentina, Brasil, Paraguaia, Uruguai e Venezuela e 3 associados: Bolívia, Chile e Peru. Os países-membros fazem parte de um tratado econômico que estabelece o Mercado Comum do Sul, com base em acordos mais flexíveis de circulação de mercadorias, pessoas e principalmente de capital. A Venezuela foi o último país, até então, a ingressar no bloco, em julho de 2006.
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